sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Tudo!

As festas de fim de ano despertam em mim algo estranho. Eu me sinto um peixe fora d´agua. Acho que por que para mim Natal é festa familiar e a minha não é muito legal, como dito no post anterior. De qualquer maneira, procuro entrar no clima, mas não é fácil. Repentinamente as pessoas ficam amáveis, tolerantes, solidárias. Penso que esse sentimento deveria estar presente em todos os outros dias do ano e não apenas nas festas de fim de ano. Gosto de estar perto das pessoas que amo em qualquer data, não apenas nas festas natalinas.

2008 foi ano difícil. Perdas grandes em muito sentidos. Amigos se foram, amigos se afastaram, outros chegaram, mudança de emprego, faculdade apertada. O saldo foi positivo, apesar da canseira. Foram mais momentos felizes do que tristes.

Não me lembro de acreditar em Papai Noel ou algo parecido, aprendi cedo que a vida não é fácil e que eram meus pais mesmo que compravam tudo. Acho que isso foi bom para manter sempre os meus pés no chão. Em muitas pessoas é isso o que falta: Pés no chão.

O que desejo para 2009? Só o melhor. Para você, para mim. Que eu aproveite mais meu tempo livre, que tenha meus amigos mais perto, que minha família se organize, saúde a todos. Não peço muito, peço o mínimo. O resto é conseqüência.

Feliz Tudo!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Divórcio

Hoje em dia é difícil encontrar quem tenha uma família feliz, infelizmente. Pais divorciados são maioria. Semana passada conversava com a Virginia sobre isso e contava a ela o que acontece em minha casa. Engraçado que não sou muito de falar sobre isso. É algo que me machuca. Meus pais não são tecnicamente divorciados, mas não são mais um casal há anos. Quando uma relação é cheia de egoísmo de uma das partes, não dá mais para continuar. Foi assim com eles.

Fico tentando me lembrar deles em momentos de casal e realmente não consigo. Talvez uma cena de mão dada e nada mais. Não é fácil ter esse exemplo em casa. Poderia não acreditar mais em relacionamentos, em amor. Poderia, mas não sou assim. Tenho 25 anos e me sinto como uma criança quando penso nisso. Pior é eles pensarem que somente pelo fato de morarem sob o mesmo teto nós, os filhos, não sintamos a diferença, que algo mudou. Mudou faz tempo.

Domingo é um dia estranho na minha casa. Cada um na sua: Eu no computador, meu irmão na TV, minha mãe sai e meu pai deitado. Ninguém conversa, ninguém fala. Cada um com suas coisas. Dias como o de hoje eu assisto meus seriados. Assistindo ao Beverly Hills 90210 (o bom e velho Barrados no Baile) eu chorei com um episódio que falava sobre o possível divórcio dos pais e como os filhos se sentiram. Era eu no episódio.

Se fosse dar um conselho a quem tem filhos e vai se separar eu diria: sejam honestos com seus filhos sempre. Não tentem manter um relacionamento de aparências, pensando em preservar os filhos. Nâo somos bobos, percebemos tudo.

De tudo, espero tirar uma boa lição: não quero ser como eles, quero ser o oposto e ser feliz.